Folha em Branco
Ah, boa noite folha em branco, eis que novamente nos reencontramos.
Folha em branco, esse pedaço de vida a ser inaugurado, relatado ou simplesmente descartado.
Escrever é tão rico, tão farto de possibilidades, às vezes é se render, se permitir regurgitar o que outrora foi difícil digerir, noutras é pura excitação, pensamentos e sentimentos nascendo e se revelando.
E assim a vida vai, ora indo, ora se esvaindo...
Nosso encontro hoje está sendo tão casual e informal, que eu quase me esqueci das vezes que eu pedia e você não me ouvia, algumas vezes até me fez chorar.
Hoje eu sei que não foi culpa sua, era eu quem te chamava.
Tenho tanta coisa para contar, mas como diz a música da Elis: “viver é melhor que sonhar”.
E não me leve a mal, mas ando bem ocupada; vivendo.
Tenho escrito bastante, mas na folha da alma, por isso se quiser saber de mim, me veja, os olhos tem sido minha caneta.
Escrito e postado por Joyce às 11:30
sexta-feira, 22 de março de 2013
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Reflexões sobre o amor
Pobres ou felizes de nós, seres que amam, nascidos para o amor. Afinal, o amor faz nos perdermos, por vezes, até de nós mesmos e quiça a ponto de seguirmos os passos de outrem, mas, paradoxalmente só no amor plenamente nos encontramos...
Escrito e postado por Joyce à 00:02
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
BANQUETE
Poeminha sem muita preparação, feito num dia (de fúria rs) no banho e escutando James Brown.
Inspirado, também, na música Blues da Piedade, do Cazuza: www.youtube.com/watch?v=OdrNJLViG1A
BANQUETE
-Você está preparado!?
-Para quê?
Para cutucar as feridas até arder;
Destrancar seus demônios e levá-los para passear.
Há tempos, comer é um dos grandes prazeres humanos.
É um verbo, e muitas vezes uma intenção.
“Comemos” por sacanagem, prazer e vontade.
E muitas vezes comemos um ao outro, por ganância, ignorância e vaidade.
Pois então, hoje pra comemorar toda a nossa covardia, serviremos no jantar:
De entrada: todas as mentiras e coisas não ditas.
Como prato principal: A inveja, a falsidade e todas as máscaras caídas.
De sobremesa, para não causar indigestão: o sorrisinho amarelo coberto de gotas de mornidão.
Escrito e postado por Joyce às 10:03
Inspirado, também, na música Blues da Piedade, do Cazuza: www.youtube.com/watch?v=OdrNJLViG1A
BANQUETE
-Você está preparado!?
-Para quê?
Para cutucar as feridas até arder;
Destrancar seus demônios e levá-los para passear.
Há tempos, comer é um dos grandes prazeres humanos.
É um verbo, e muitas vezes uma intenção.
“Comemos” por sacanagem, prazer e vontade.
E muitas vezes comemos um ao outro, por ganância, ignorância e vaidade.
Pois então, hoje pra comemorar toda a nossa covardia, serviremos no jantar:
De entrada: todas as mentiras e coisas não ditas.
Como prato principal: A inveja, a falsidade e todas as máscaras caídas.
De sobremesa, para não causar indigestão: o sorrisinho amarelo coberto de gotas de mornidão.
Escrito e postado por Joyce às 10:03
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
Receita de Ano Novo
Menos ignorância, mais esperança,
Mais amor...Dor!? Sim, pois também é necessária, mas se possível que venha na medida certa,
Menos imagens virtuais, mais contatos pessoais.
Menos sapatos, mais pés calejados,
Menos gasolina, mais passeios na vila,
Menos hipocrisia, mais sabedoria.
Menos falar, mais fazer,
Menos obrigações, mais condições,
Menos obviedades, mais intenções.
Menos copiar, mais imaginar,
Menos salvar o mundo, mais salvar a nós mesmos (Se cada um for mais sincero consigo, será com os outros e automaticamente teremos um mundo melhor!)
Menos frio, mais calor (inclusive humano).
Menos quantidade, mais qualidade,
Menos falsidade, mais amigos de verdade, ( e são poucos)
Menos contenção, mais paixão.
Menos ouvir os outros, mais ouvir o seu coração,
Menso adornos, mais sonhos,
Menos procurar, mais encontrar,
Menos frescura, mais doçura.
Para aliviar o stress: banhos semanais de cachoeira e/ou mar...
Para uma pele bonita e reluzente: Muitos beijos na boca (de preferência demorados)
Mais amor...Dor!? Sim, pois também é necessária, mas se possível que venha na medida certa,
Menos imagens virtuais, mais contatos pessoais.
Menos sapatos, mais pés calejados,
Menos gasolina, mais passeios na vila,
Menos hipocrisia, mais sabedoria.
Menos falar, mais fazer,
Menos obrigações, mais condições,
Menos obviedades, mais intenções.
Menos copiar, mais imaginar,
Menos salvar o mundo, mais salvar a nós mesmos (Se cada um for mais sincero consigo, será com os outros e automaticamente teremos um mundo melhor!)
Menos frio, mais calor (inclusive humano).
Menos quantidade, mais qualidade,
Menos falsidade, mais amigos de verdade, ( e são poucos)
Menos contenção, mais paixão.
Menos ouvir os outros, mais ouvir o seu coração,
Menso adornos, mais sonhos,
Menos procurar, mais encontrar,
Menos frescura, mais doçura.
Para aliviar o stress: banhos semanais de cachoeira e/ou mar...
Para uma pele bonita e reluzente: Muitos beijos na boca (de preferência demorados)
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
" Distraídos Venceremos"
Não sou boa em escrever histórias nem contos, mas hoje me arriscarei numa crônica, já advirto que sou marinheira de primeira viagem, OK. Bom, o título do texto no decorrer do relato, vocês verão que tem a ver com o fato ocorrido, ei-lo:
Estava eu às 07:00 da matina, na estação de trem de Santo André, ansiosa para chegar em uma palestra que se iniciaria às 08:30 na Avenida Paulista, mais especificamente próximo ao Masp, quando olhando as capas de revistas expostas na banca de jornal tive um espasmo:- Puta que eu pariu e saí correndo. Para onde? Para o estacionamento do escritório onde eu trabalho. Por quê? Pois eu tinha esquecido em cima do muro da entrada do escritório, a minha agenda, na qual inclusive estava o papel de inscrição da palestra, sem o qual eu não teria acesso à mesma...
Como eu fui deixar a agenda lá? Explico: Eu cheguei ao trabalho e precisava abrir o cadeado que fica amarrado com uma corrente para poder estacionar o carro, a senha do cadeado, fica lá, anotada num cantinho de lápis na minha agenda, que serve pouco pra mim, só anoto essas coisas que não guardamos de cabeça- mas que estou me prometendo para 2011 fazer melhor uso ou o devido ao menos, delas- as agendas.
Enfim, depois de olhar a senha eu coloquei a agenda em cima do muro enquanto ia colocar o carro na garagem...Agora entra o título do texto: “Distraídos venceremos”
que à propósito é o nome de um livro muito bom do Paulo Leminski e que eu ganhei do meu primo que coincidentemente também se chama Paulo.
Fato é que por ser distraída eu não percebi a agenda lá em cima do muro e depois de estacionar o carro saí correndo, pois pra variar estava atrasada, e por sorte essa sorte que o Leminski fala que acompanha os distraídos percebi o esquecimento antes de entrar no trem, pois caso contrário teria perdido a viagem a São Paulo.
Pois bem, enquanto fui resgatar a minha agenda, fui me xingando o caminho inteiro: de burra, de esquecida, de como vc faz umas coisas dessas; e fiquei pensando nessa coisa de ser distraída e deu vontade do fundo do peito de parar com esse negócio; mas depois no caminho de volta à estação, já com a agenda recapturada, me absolvi um pouco, afinal, a distração dá trabalho sim e muito, nem me lembro mais as topadas que vivo dando por aí, meu dedão do pé que o diga.
Mas mesmo de dedão esfolado e com a imagem de São Longuinho na carteira (São Longuinho é o santo das pessoas que vivem perdendo as coisas, se vc perder algo, chame o assim: São Longuinho, São Longuinho se eu achar ( diga o que vc perdeu) dou três pulinhos) para compensar todos os trabalhos extras que ele já me fez, eu acabo sempre dando uns 05 pulinhos.
Mas voltando à distração, mesmo com tudo isso eu acho que ela às vezes é bem vinda, afinal como diria Guimarães Rosa: “O importante não é chegar nem partir, mas sim a travessia” e o caminho é cheio de detalhes e riquezas que se estivermos muito concentrados ou determinados, acabamos não nos permitindo ver; acho que uma topada e um dedão esfolado, para ver uma estrela cadente ou um pôr do sol daqueles, vale a pena, assim como um atraso de 05 minutos por parar e cumprimentar o Tiozinho que todo dia você vê na padaria, também.
É, com alguns retoques aperfeiçoamentos e reparos, claro inevitáveis e necessários, nós distraídos de carteirinha, vamos seguindo e juntos, e principalmente guiados por São Longuinho venceremos.
Escrito e postado por Joyce às 10:50
Estava eu às 07:00 da matina, na estação de trem de Santo André, ansiosa para chegar em uma palestra que se iniciaria às 08:30 na Avenida Paulista, mais especificamente próximo ao Masp, quando olhando as capas de revistas expostas na banca de jornal tive um espasmo:- Puta que eu pariu e saí correndo. Para onde? Para o estacionamento do escritório onde eu trabalho. Por quê? Pois eu tinha esquecido em cima do muro da entrada do escritório, a minha agenda, na qual inclusive estava o papel de inscrição da palestra, sem o qual eu não teria acesso à mesma...
Como eu fui deixar a agenda lá? Explico: Eu cheguei ao trabalho e precisava abrir o cadeado que fica amarrado com uma corrente para poder estacionar o carro, a senha do cadeado, fica lá, anotada num cantinho de lápis na minha agenda, que serve pouco pra mim, só anoto essas coisas que não guardamos de cabeça- mas que estou me prometendo para 2011 fazer melhor uso ou o devido ao menos, delas- as agendas.
Enfim, depois de olhar a senha eu coloquei a agenda em cima do muro enquanto ia colocar o carro na garagem...Agora entra o título do texto: “Distraídos venceremos”
que à propósito é o nome de um livro muito bom do Paulo Leminski e que eu ganhei do meu primo que coincidentemente também se chama Paulo.
Fato é que por ser distraída eu não percebi a agenda lá em cima do muro e depois de estacionar o carro saí correndo, pois pra variar estava atrasada, e por sorte essa sorte que o Leminski fala que acompanha os distraídos percebi o esquecimento antes de entrar no trem, pois caso contrário teria perdido a viagem a São Paulo.
Pois bem, enquanto fui resgatar a minha agenda, fui me xingando o caminho inteiro: de burra, de esquecida, de como vc faz umas coisas dessas; e fiquei pensando nessa coisa de ser distraída e deu vontade do fundo do peito de parar com esse negócio; mas depois no caminho de volta à estação, já com a agenda recapturada, me absolvi um pouco, afinal, a distração dá trabalho sim e muito, nem me lembro mais as topadas que vivo dando por aí, meu dedão do pé que o diga.
Mas mesmo de dedão esfolado e com a imagem de São Longuinho na carteira (São Longuinho é o santo das pessoas que vivem perdendo as coisas, se vc perder algo, chame o assim: São Longuinho, São Longuinho se eu achar ( diga o que vc perdeu) dou três pulinhos) para compensar todos os trabalhos extras que ele já me fez, eu acabo sempre dando uns 05 pulinhos.
Mas voltando à distração, mesmo com tudo isso eu acho que ela às vezes é bem vinda, afinal como diria Guimarães Rosa: “O importante não é chegar nem partir, mas sim a travessia” e o caminho é cheio de detalhes e riquezas que se estivermos muito concentrados ou determinados, acabamos não nos permitindo ver; acho que uma topada e um dedão esfolado, para ver uma estrela cadente ou um pôr do sol daqueles, vale a pena, assim como um atraso de 05 minutos por parar e cumprimentar o Tiozinho que todo dia você vê na padaria, também.
É, com alguns retoques aperfeiçoamentos e reparos, claro inevitáveis e necessários, nós distraídos de carteirinha, vamos seguindo e juntos, e principalmente guiados por São Longuinho venceremos.
Escrito e postado por Joyce às 10:50
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Definição do amor por um casal apaixonado
(Ela) -Amar é: fechar os olhos e ver você...
(Ele)- Amar é: respirar e sentir seu perfume...
Escrito e postado às 14:20
(Ele)- Amar é: respirar e sentir seu perfume...
Escrito e postado às 14:20
quinta-feira, 3 de junho de 2010
É de dentro
Inspirado no poema Pergunte ao Pó, de Paulo Leminski.
Pergunte ao Pó
cresce a vida
cresce o tempo
cresce tudo
e vira sempre
esse momento.
cresce o ponto
bem no meio
do amor seu centro
assim como
o que a gente sente
e não diz
cresce dentro
É de dentro
É de dentro!
Sorrateiro, silencioso, rasteiro,
Vem do peito essa aflição,
Que às vezes é força,
Às vezes solidão.
Confundo-me com o espelho,
Olho e não vejo.
Queria enxergar a alma,
Desvendá-la, desnudá-la,
Descobrir-me das vestes,
Inclusive a dos outros.
Talvez assim eu entendesse,
Que o que é de dentro,
Não é para ser visto,
Não se vê, mas se sente, o que foi vivido.
O que é de dentro,
Guardado e trancado na gaveta mais funda da alma,
Só pode ser lembrado, revisitado,
Ou, se a gente perder a chave,
Pode até ser mudado...
Escrito e postado por Joyce às 13:46
Pergunte ao Pó
cresce a vida
cresce o tempo
cresce tudo
e vira sempre
esse momento.
cresce o ponto
bem no meio
do amor seu centro
assim como
o que a gente sente
e não diz
cresce dentro
É de dentro
É de dentro!
Sorrateiro, silencioso, rasteiro,
Vem do peito essa aflição,
Que às vezes é força,
Às vezes solidão.
Confundo-me com o espelho,
Olho e não vejo.
Queria enxergar a alma,
Desvendá-la, desnudá-la,
Descobrir-me das vestes,
Inclusive a dos outros.
Talvez assim eu entendesse,
Que o que é de dentro,
Não é para ser visto,
Não se vê, mas se sente, o que foi vivido.
O que é de dentro,
Guardado e trancado na gaveta mais funda da alma,
Só pode ser lembrado, revisitado,
Ou, se a gente perder a chave,
Pode até ser mudado...
Escrito e postado por Joyce às 13:46
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