Inspirado no poema Pergunte ao Pó, de Paulo Leminski.
Pergunte ao Pó
cresce a vida
cresce o tempo
cresce tudo
e vira sempre
esse momento.
cresce o ponto
bem no meio
do amor seu centro
assim como
o que a gente sente
e não diz
cresce dentro
É de dentro
É de dentro!
Sorrateiro, silencioso, rasteiro,
Vem do peito essa aflição,
Que às vezes é força,
Às vezes solidão.
Confundo-me com o espelho,
Olho e não vejo.
Queria enxergar a alma,
Desvendá-la, desnudá-la,
Descobrir-me das vestes,
Inclusive a dos outros.
Talvez assim eu entendesse,
Que o que é de dentro,
Não é para ser visto,
Não se vê, mas se sente, o que foi vivido.
O que é de dentro,
Guardado e trancado na gaveta mais funda da alma,
Só pode ser lembrado, revisitado,
Ou, se a gente perder a chave,
Pode até ser mudado...
Escrito e postado por Joyce às 13:46
quinta-feira, 3 de junho de 2010
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